Introdução: O hipotiroidismo grave na gravidez está associado a complicações maternas e fetais e, em casos menos graves, o desenvolvimento neuropsicológico fetal é prejudicado. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficiência do controle clínico sugerido nas diretrizes.

Métodos: Este foi um estudo retrospectivo de 93 gestantes consecutivas com hipotireoidismo que foram acompanhadas no Hospital de Herlev em 2012. A função tireoidiana foi avaliada após a confirmação da gravidez e, em seguida, a cada quarta semana. O objetivo do tratamento foi uma concentração de hormônio sérico estimulante da tireóide (S-TSH) inferior a 2,5 mU/l.

Resultados: A frequência de uma S-TSH de mais de 4.1 mU/l foi de 39%. Em 27% de todos os pacientes, uma única medida foi feita de um ligeiro aumento da S-TSH durante a gravidez, e apenas 12% tiveram várias medidas de aumento da S-TSH acima de 4,1 mU/l. Além disso, 62% tiveram um mínimo de uma medida de S-TSH acima de 2,5 mU/l. As mulheres grávidas com níveis de S-TSH aumentados no início da gravidez tiveram tendência a ser tratadas em excesso mais tarde.

Conclusão: Embora tenha sido realizado um acompanhamento cuidadoso, encontramos um número elevado de pacientes com uma única ocorrência de S-TSH fora da faixa recomendada durante o primeiro trimestre. Os altos valores de S-TSH foram registrados durante as primeiras semanas de gestação, mas posteriormente corrigidos, e o número de complicações na gravidez registradas não parece ser diferente do número de complicações em pacientes com função tireoidiana normal. Recomendamos maior atenção e monitoramento das mulheres férteis com hipotireoidismo que estão planejando a gravidez.

Financiamento: não relevante.

Registo do ensaio: ClinicalTrials.gov identificador: NCT02094079.

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